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Julho de 2013, mais uma Ecopista.

Desta vez rumei a Amarante para percorrer a Ecopista do Tâmega, parte da antiga linha férrea que liga Amarante a Arco de Baúlhe.

Percurso Ciclístico: 79 km ida e volta em 4,5 horas de pedalada efectiva.

Track GPS aqui

Fotos no final do texto

A antiga linha férrea que percorria o Rio Tâmega, é mais um bom exemplo da conversão de degradadas linhas férreas em equipamentos de lazer.

O centro nevrálgico desta ecopista situa-se em Celorico de Basto. Existe um espaço Museológico com uma antiga carruagem, albergue, centro de informações, ponto de água e wc. Salienta-se que as obras de recuperação desta antiga estação estão irrepreensíveis, um regalo para os olhos.

Aqui considera-se o km 0, num extremo situa-se Arco de Baúlhe (também com um núcleo museológico) ao km +17 e Amarante no outro ao km -22, no entanto comecei em Amarante porque é mais perto do Porto.

No início o piso apresenta-se regular e de cor amarela, seguido pela malha urbana mas com um ambiente rural mesmo ali ao lado, muito bonito sem dúvida. Com uma inclinação ligeiramente ascendente é de fácil progressão, mas as barreiras de segurança logo começam a dar um ar da sua graça.

Embora sejam muito mais fáceis de contornar do que as existentes na ecopista do Dão ou Sabor, são em grande número, aliás, em cada estradão corta-fogo ou carreiro mesmo o meio do nada, existe sempre uma barreira, o que é muito desagradável. Não me lembro de uma única reta longa sem uma interrupção, em contrapartida existem (poucos) cruzamentos com estradas sem as barreiras ou avisos de qualquer tipo.

Entendo que as barreiras são um mal necessário para nossa própria segurança, mas penso que existe aqui excesso de zelo por um lado e falhas em locais importantes para norte de Mondim de Basto pelo outro.

Seguindo viagem entramos no Túnel de Gatão, único nesta ecopista. Aparece ao km 17 e todo iluminado é muito agradável.

Ao km 12 depois duma ponte passamos à terra batida durante 5,5km. No momento em que escrevo estas linhas a circulação é muito suave e pelo menos aqui não existem as barreiras no cruzamentos com os corta-fogo. A paisagem também é muito bonita entre a área florestal com o rio bem lá ao fundo, a desvantagem é o pó. Com chuva e com o passar do tempo deverá piorar.

Depois entramos novamente no piso artificial desta vez de cor vermelho claro, que se mantem praticamente até ao fim visto que muda ligeiramente nos últimos kms.

Não sendo perito na matéria e embora possa estar enganado, penso que não é alcatrão e sim um composto de betão. Mas independentemente do material usado, sente-se uma desconfortável ondulação saltitante no piso. Desconheço a razão para a adoção deste material, se foi benéfico para o construtor ou para as autarquias em termos de custos, para os ciclistas é desagradável.

No entanto as paisagens são muito bonitas, com o meio rural, florestal e o Monte da Sra. da Graça quase sempre presente.

Algumas pontes proporcionam-nos belos momentos com o rio em pano de fundo. A cereja no topo do bolo é ao km 5 onde o rio faz um U com o Monte da Sra. da Graça à esquerda, e à direita o Agua Hotel à espreita no topo da colina em Mondim de Basto.

Quanto às estações, algumas estão recuperadas outras ainda em restauro e algumas até habitadas.

Destacam-se as estações de Celorico de Basto, irrepreensível, a de Mondim de Basto em recuperação com um fantástico miradouro sobre a vila e sobre o Monte da Sra. da Graça, e a de Arco de Baulhe em fim de linha, lindíssima, muito bem restaurada, com uma envolvência fantástica tendo até mesas para piqueniques.

O declive é suave, alternado e não apresenta dificuldade, no entanto, o acumulado é de +-1500m, não é propriamente plano.

 

Mais um percurso excelente para a prática de cicloturismo ou caminhada, com paisagens muito bonitas, antigas estações bem recuperadas, barreiras de segurança mais largas que o comum e algumas informações sobre serviços de socorro.

As desvantagens são as barreiras em excesso, a falta das mesmas em alguns pontos essenciais, o piso algo saltitante e o troço em terra batida.

Essencial? Obviamente.

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publicado às 00:08


9 comentários

De Martins a 25.06.2014 às 01:31

Muito proveitoso o post e indicações!
Tinha uma questão a fazer se souber me responder!
se eu não levar minha bicicleta, há algum posto no início do percurso que possa-se
alugar bicicletas?

Obrigada,
Martins

De Vales Errantes a 25.06.2014 às 10:25

Bom dia.
Obrigado por visitar o Blog.
Penso que no núcleo interpretativo de Celorico de Basto poderá alugar bicicletas.
Cumprimentos,
Anselmo Cardal.

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