Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
9 de Fevereiro de 2015, mais uma caminhada. A clássica abordagem aos Carris através do estradão na companhia do Jorge e do Rui com muita neve.
Percurso pedestre: 21km em 6 horas de caminhada efectiva.
Track GPS: aqui
Fotos no final do texto
Dias existem, em que a soma das partes supera largamente o valor que cada uma na verdade representa, e é sempre bom rever um velho amigo que ao fim ao cabo, foi ele que me despertou para este gosto pela montanha já lá vão 7 anos!
Trilhamos muito mato e rocha agarrados aos arbustos, nas piores condições climatéricas, nem sempre bem fisicamente, mas sempre que pudemos, lá fomos nós, e ainda hoje pensamos porque raio saímos de casa naqueles dias, mas estou convencido que o voltaríamos a fazer. Além disso, juntou-se a nós um grande maluco, um dos Maiores de SMF, para completar a tríade.
Se a isto tudo somarmos sublimes devaneios filosóficos a um trilho fantástico, a um céu do mais límpido que já vi, associado a condições raras de neve, gelo e vento, o resultado final é uma experiência inigualável.
Obrigado a quem me acompanhou e proporcionou este espetacular dia.
O percurso a realizar foi a Clássica subida às Minas dos Carris começando na Portela do Homem e seguindo pelo antigo estradão.
O dia estava frio e ventoso, mas o céu apresentava-se imaculadamente azul.
A partir do Teixo (1200m) a neve era já persistente mas a progressão era tranquila devido à sua elevada consistência. Destaque para um segmento de 50m abaixo da Ponte das Águas Chocas onde o piso com muito gelo abrigava a cuidados triplicados.
Logo à frente e ultrapassado o vale, a paisagem abre-se mostrando um espectacular manto branco.
Chegamos então às Minas dos Carris onde o ensurdecedor silêncio do abandonado complexo nos faz viajar no tempo.
Com muita neve de fácil progressão e um sol radiante, a combinação era perfeita. São muito raros os dias em que temos este privilégio.
Almoçamos e seguimos para a represa dos Carris que estava quase toda coberta por um manto de gelo. Saliento que, embora junto do Paredão principal e do muro de contenção sul o gelo seja muito duro nesta altura, não o é mais no centro do lago, convém não arriscar.
Depois de contornada a represa seguimos para o Marco Geodésico de Carris a poente das Minas. Este troço do percurso revelou-se difícil devido ao declive e à altura da neve muitas vezes acima do joelho.
Já no Marco de Carris a 1508m, tempo para apreciar a magnifica paisagem de 360º e nem o fortíssimo vento que aqui se sente nos demoveu de contemplar alguns dos ícones Geresianos pintados de branco, com destaque para a Serra da Peneda (alto da Peneda e Pedrada com neve), e para a serra do Larouco a cerca de 30km.
Na descida apontamos ao Curral das Abrótegas e retomamos o antigo estradão para realizar o caminho de volta.
Carris Covão da Ametade Prado do Mourô/Vidoal Sombrosas Vale do Rio Homem Poço Azul Ecopista do Dão
Cascata do Arado